Município da Golegã
Apresentação
A Golegã está desde há muito associada à movimentação de pessoas, pois localizando-se no centro do país foi desde cedo ponto de passagem e de paragem para muitos que vinham de sul e rumavam a norte. As evidências da sua antiguidade no que respeita à ligação com o Caminho Central Português fundem-se com as associadas à ocupação do espaço ao longo dos séculos, com especial relevo para o período romano e o medieval, quando as vias centrais passaram a ter maior destaque. Foi igualmente importante a consolidação da zona de marca e a implantação de importantes locais de defesa do território, já português, junto à linha do Tejo. Quem chega de Santarém é brindado pela envolvente rural permitida pela passagem do Caminho pelo seu trajeto mais isolado. Hoje temos variantes que permitem a passagem por dentro das aldeias de Pombalinho e Azinhaga, aliciando o peregrino a uma paragem num dos albergues já instalados. Se se pretender evitar o calor de Julho e Agosto no Ribatejo, o peregrino deverá iniciar a etapa com a aurora, entrando na vila da Golegã com os matutinos raios de sol. A passagem faz-se pela imponente igreja matriz e convida-nos a percorrer uma das principais vias até entrarmos novamente na estrada de campo que nos leva ao local de São Caetano e à “sua” Quinta da Cardiga. Poder-se-á dizer que este (C)caminho é sem dúvida um dos mais vestidos de história e de gente, pois ao longo dos séculos muitos foram aqueles que vindos de longe fizeram desta a sua etapa.
Evidências do Caminho
Os troços utilizados pelos peregrinos ao longo dos vários períodos da nossa história, quer aqueles baseados nas descrições de Gianbattista Confalonieri (século XVI), quer aqueles que os peregrinos seguramente utilizaram até aos finais do século XVIII, seguindo então a antiga Estrada Real Lisboa-Coimbra sofreram a evidente transformação e alteração através das épocas. E porquê? Porque a zona atual do Campo da Golegã e Azinhaga deixou de ser constituída por inúmeros pântanos, bunhais e pauis, vindo ainda o Rio Tejo a sofrer alterações do seu curso (daí o “Tejo Velho” e o “Tejo Novo”), sendo mais recentemente, no século XX, alvo de alterações ao nível das culturas e plantações, nomeadamente a vinha e o olival, terem sido substituídos por searas de cereais e tomate, registando-se para tal terraplanagens, com desvio de caminhos vicinais, entre outros, substituindo somente as inundações cíclicas do Almonda, do Alviela e do Tejo. Logo, o caminho dos peregrinos a Santiago dos séculos XIX, XX e XXI, no território da Golegã, nunca poderia corresponder às descrições de Confalonieri, ficando somente as urbes como a Azinhaga e a Golegã como referência, já que os seus acessos mudaram.
Contactos da Entidade
Câmara Municipal da Golegã
Largo D. Manuel I
2150-128 Golegã
249 979 050
geral@cm-golega.pt
Informação útil ao peregrino
GNR
Telefone: 249 979 030
Bombeiros Voluntários de Golegã
Telefone: 249 979 070
Centro de Saúde Golegã
Telefone: 249 979 180
Contactos úteis
Posto de Turismo da Golegã
Rua D. Afonso Henriques
2150-166 Golegã
Telefone: 249 979 002/ 249 979 000
Email: posto.turismo@cm-golega.pt