Município de Penacova

Apresentação
ara a conhecer é preciso chegar e perder-se entre vales, respirar o ar puro da serra e do rio, deixar o verde da paisagem invadir os nossos sentidos. É assim Penacova, terra de rios e ribeiras, miradouros e penedos, de moinhos e azenhas, de vento e água.
No centro da Vila o destaque vai para a Pérgola Raúl Lino, da autoria do arquiteto com mesmo nome. Palco de inúmeros eventos ao longo do ano, a esplanada da Pérgola convida a sentar e a apreciar da varanda, sob as velhas cepas das glicínias, a paisagem que é soberba.
Poderá encontrar também bem perto, no Largo Alberto Leitão, o busto, da autoria de Cabral Antunes, de António José de Almeida, 6º presidente da República Portuguesa, natural de Vale da Vinha, São Pedro de Alva. Próximo dali, a Igreja Matriz, dedicada à Senhora Assunção, convida a que se percorra a calçada, se observe os rostos daqueles com que nos cruzamos e se descubra o pitoresco das fachadas ou o antigo pelourinho hoje transformado em cruzeiro.
Na proa da vila, o “cabeço do castelo”, deslumbremo-nos com o Mirante Emydio da Silva. Daqui a vista é soberba, e o esplendor do vale inunda os ângulos da nossa visão.
Ali bem próximo, dispostos quase verticalmente, como livros numa estante, os quartzíticos silúricos formam o mais importante Monumento Natural do Concelho, a Livraria do Mondego.
Em Lorvão, vila do concelho de Penacova, ergue-se o Mosteiro de Lorvão. Este está entre os mais antigos da Europa, já que a sua fundação remonta a meados do século sexto, de acordo com as memórias relatadas pelos cronistas monásticos, e é desde 1910 designado de Monumento Nacional.
É também no concelho de Penacova que se localiza um dos mais importantes conjuntos molinológicos nacionais. Distribuídos por todo o concelho, moinhos de vento, rodas e azenhas fazem jus às palavras de Nemésio que, David Mourão Ferreira, aqui mesmo, em Penacova, apelidou de incansável moleiro das palavras. Na Portela de Oliveira, o Museu do Moinho homenageia Vitorino Nemésio, que lhe dá o nome, e permite que quem o visite observe um magnífico espólio dedicado a esta arte ancestral.
Por estes motivos e por todos os que com certeza descobrirão, convidamo-los a porem-se a caminho e a partir à aventura. Descobrir Penacova é, sem dúvida, saber onde a Natureza vive.
Evidências do Caminho
Tendo como ponto de partida a informação patente em diversa bibliografia, e, com base nalguma tradição oral sobre pontos da passagem dos peregrinos de Santiago por Penacova, a informação recolhida de forma complementar assentou sobretudo em testemunhos pessoais recolhidos em blogues escritos por peregrinos, uma vez que a informação literária ou documental nunca refere de forma assertiva Penacova nos traçados dos caminhos de Santiago, em particular no designado ”Caminho do Interior“ inaugurado em 2012 e cujo traçado homologado se inicia no concelho de Viseu, passando por Castro Daire, Lamego, Peso da Régua, Santa Marta de Penaguião, Vila Real, Vila Pouca de Aguiar e Chaves, entrando em Espanha pela cidade de Verín.
Relativamente ao Caminho que passaria, por Penacova, não podemos deixar de ter presente a importância da cidade de Coimbra para os peregrinos dos Caminhos de Santiago, facto indubitável face aos inúmeros testemunhos patentes ao nível da bibliografia histórica e literária, bem como pelos próprios testemunhos dos peregrinos.
Se, maioritariamente, os testemunhos que encontramos se referem ao “Caminho Central” (via litoral), não podemos deixar de equacionar o facto de Penacova dada a sua proximidade a Coimbra e à sua ligação ao Rio Mondego, faça parte de um traçado, pelo interior, que historicamente, durante séculos, terá sido utlizado por muitos peregrinos em direção a Santiago.
Foi no blogue de um peregrino italiano, referido em várias páginas web sobre os Caminhos de Santiago, nomeadamente na página oficial do Caminho Português Interior de Santiago – http://www.cpisantiago.pt/o-caminho/ – que encontrámos o percurso mais detalhado sobre a passagem do Caminho Interior pelo Concelho de Penacova, na ligação Coimbra – Viseu.
O traçado percorrido pelo referido peregrino teve a seguinte orientação geográfica:
Santo António dos Olivais – Cova de Ouro – Carapinheira – Roxo – Lorvão – Cheira – Raiva – Oliveira do Mondego
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